quarta-feira, 20 de abril de 2011

Desarmar, por quê?

Mesmo tendo decidido de forma soberana que não gostaria de que a venda legal de armas fosse proibida no país, o povo volta a ser ameaçado com uma nova consulta que tem todos os contornos de ser apenas uma medida oportunista e não exatamente uma demonstração de preocupação do legislador com a preservação da vida.

A verdade é que desatinos ocorrem diariamente e que vez ou outra acabam por ceifar vidas quase sempre inocentes, mas será que o desarme da sociedade é a melhor resposta? Esquecem-se os ciosos defensores do desarmamento que não se comete homicídio apenas com armas de fogo. Armas de fogo sequer são o meio mais eficiente para matar. Esquecem-se ainda que a proibição do comércio legal de armas não evitaria que os homicidas adquirissem suas armas de fogo no mercado negro, porque esse jamais foi efetivamente combatido. Não se pode dizer que existe uma possibilidade de combatê-lo.

A quem interessa, de fato desarmar a sociedade?

O ESTADO demonstra ter esse interesse com vista a preservação da vida. Ora, demonstre-se isso através de políticas públicas sérias. A começar pelo acompanhamento de distúrbios mentais e pela correção de desigualdades sociais; demonstre-se isso controlando efetivamente o trânsito e a concessão de licenças para dirigir veículos automotores, cassando inclusive as licenças de todos que forem flagrados dirigindo embriagado, participando de rachas e confisque-se o veículo de sua propriedade; Demonstre-se isso oferecendo boa educação, inclusive dotando as escolas de maior segurança para alunos e professores. Não é plausível que professores tenham medo de seus alunos e estes tenham medo de visitantes.

Não há como elencar todas as obrigações básicas olvidadas pelo ESTADO em seu esforço para manter sua aparente preocupação em preservar a vida de seus cidadãos.

Contra a política de desarmamento até as estatísticas se posicionam: Nos EUA onde o acesso do cidadão à arma de fogo é bem facilitado, no ano passado aconteceram apenas quinze mil mortes por arma de fogo, enquanto no Brasil, registrou-se a incrível marca de ciquenta mil mortes nas mesmas circunstâncias.

Ainda não sei como nossos legisladores e governantes pensam em desarmar a sociedade apenas retirando as armas de fogo das ruas e dos lares.
Penso que a tarefa se não é impossível é inócua, por duas razões simples: Só os cidadãos bem intencionados, que tentam se afinar com a lei entregam de fato suas armas. Segundo porque não adianta sumir com as armas de fogo. Mata-se com faca, espetinhos de churrasco e até com material escolar. Desarmar é preciso, mas não nossas mãos e sim nossos corações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário